
show/live - IROKO
"tempo de amar mais, por a vida pra quarar, acalmar o coração, aclarar a alma"
Iroko é um show de canção e poesia que reverencia o Tempo em seus mais diferentes aspectos
da experiência humana.
O tempo que a natureza reza,
o tempo que os relógios marcam,
o tempo que baila em nossas veias,
o tempo eternal.
Uma grande árvore centenária
que acumula no grossso do seu cascume
todas as ancestralidades
e os “ex-de-histórias” vividos por todos nós.
Festemo-nos!
IROKO, o TEMPO
nas canções e poemas de
ZÉ MODESTO e
FERNANDA DE PAULA
"Tempo,Tempo, Tempo, Tempo ..."
Resultado do encontro do cantor e compositor paulistano Zé Modesto
com a cantora e poeta mineira Fernanda de Paula,
esse show apresenta uma experiência introspectiva de silêncios, palavras e sutilezas.
As músicas de Zé Modesto e os poemas de Fernanda de Paula
são alinhavados numa costura trançada nos cabelos da memória da nossa alma poético-musical brasileira.
A voz aveludada da experiente cantora, contadora e cantadora de histórias
dá uma coloração expressiva às canções de Zé Modesto,
marcadas pela densidade lírica e por melodias com cheiro de cerrado
sobre o planalto de concreto que os abriga há décadas.
"tempo de olhar
mais pra onde bate o sol
inverter a direção
e se olhar com calma"
O show Iroko foi se construindo,
todo amarrado de sincronias,
poesia,
visitando lugares e
tempos diversos.
Tem canções inéditas,
tem cheiro de alfazema,
orixá, montanha mineira,
ares latino americanos,
saudade, muita saudade,
sertão, mar e cidade.
Tem espera e tem beleza.
Tem um cheiro de caminhada
no sertão roseano, tem amor e dor.
Tudo num espaço de leveza e sorriso, bordados, luzes, cores, sabores, jeito de casa...música feita com a simplicidade do artesanato, porque a vida que carece de mais cantoria.
Canções de Iroko ...
IROKO ... na estrada!
Descaminho. Nessa ciranda de noites caladas, há uma salina de saudade cravada como esmeralda na pedra. Mas por onde o amor faz ninho, qualquer lacuna é miragem. Cultivo, no eito das madrugadas mais chorosas, uma sementeira de esperança. A voz do tempo me ensinou a ler a sorte e a não tentar calar a dor de uma ferida. A entender que o que separa não é a morte, mas a distância intransponível dessa vida.
Fernanda de Paula
teatro Bruta Flor
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"Tempo tão vivido e tanta coisa
que a memória não dá conta de contar
Contas de um punhado de histórias
desse tempo-rio que escorre até o mar
E ele rio-tempo é que decanta tudo e sedimenta,
rio sentimental ..."
Tempo-rio (Zé Modesto)
IROKO - borandá ...
Não havia mais canção que coubesse tanta voz. Nem desencanto que domasse a vontade de beber seus olhos claros de cais. Não havia solidão que desse asas ao medo, nem cicatrizes que calassem a pele. Mas desconhecia o céu negro por onde gravitava seu amor arenoso, e meu peito ainda se perdia nas distâncias mais ínfimas entre a vida e os espelhos. Era caminho.
Fernanda de Paula
teatro Bruta Flor
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É QUE TUAS SEMENTES ALADAS
TÊM DOM DE FLORIR, VISCEJAR ...

Semeadura (Zé Modesto e Ed Zwingila)
"O tempo passeia o varrer do vento
Nas folhas fincadas no chão
Importa se a chuva prazenteira vem
Se flores mirrarão
Importa que a tua mão cheia está de sementes
E pleno de sol sempre estará o coração"
IROKO - saudade escorrida ...
Do mar, apenas o cheiro de distância. Lonjura chorada, salina da saudade cravada na pele dos ossos. Todo santo dia o mesmo ardor. Um sol faminto cobre de amarelo o pulmão combalido dessa sala calada. São oito e meia da noite, e não há nem sombra do escuro perto de nós. Meu peito aguarda, em silêncio, a voz rouca da lua que ainda virá com seu canto de velhice cobrir a noite de mel e flor. Não há nada de novo. Não há nada de grande. Numa praia distante, ele me espera, sem saber que o faz em vão. Ouço o pássaro dos sonhos assobiar lá de dentro dos seus olhos oceânicos. Mas hoje, não quero saber o que ele dirá.
Fernanda de Paula
teatro Bruta Flor
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